domingo, 29 de maio de 2011

Piaget

Período Sensório-motor: estádios propostos por Piaget.
Período Sensório-motor
  • Primeiros dois anos de vida;
  • Conhecimento do mundo limitado ao conhecimento sensorial e actos motores;
  • sub-dividido em 6 estádios;
  • a descrição de cada estádio refere-se ao desenvolvimento máximo que a criança atinge nesse estádio.

Estádios do Sensório-Motor:
  •  Estádio 1 (1º mês)
    Limita-se aos esquemas reflexos inatos e seu refinamento; reflexos são importantes para Piaget por serem a base do desenvolvimento posterior.
  • Estádio 2 (1-4 meses)
    Reacção circular primária: sequência que envolve o corpo da criança em que um comportamento acidental produz um evento interessante, pelo que é repetido (ex: chuchar o dedo/ mão).
  • Estádio 3 (4-8 meses)
    Reacção circular secundária: sequência que envolve a criança e um objecto exterior em que um comportamento acidental produz um evento interessante pelo que é repetido (ex: movimentar um carro através do movimento do braço).
  • Estádio 4 (8-12 meses)
    Coordenação dos esquemas do Estádio 3 em sequências meio-fim ‘inteligentes’, intencionais, com um esquema do Estádio 3 a servir de meio para um outro (ex: afastar um objecto que bloqueia o seu caminho).
  • Estádio 5 (12-18 meses)
    Reacção circular terciária: sequência que envolve a criança e (um) objecto(s) exterior(es) em que um comportamento acidental produz um evento interessante, levando a criança a fazer experiências com variações do comportamento (ex: bater com as mãos na água quando toma banho, e depois nas paredes da banheira…; atirar objectos à água).
  • Estádio 6 (18-24 meses)
    Imitação diferida capacidade para reter na memória uma representação de um comportamento observado e de imitar esse comportamento em “tempo diferido”
    • Transição de uma acção cognitiva sensório-motora para um modo simbólico (capacidade para conceptualizar algo no lugar de um acontecimento, e.g., ter uma acção “em mente” sem a pôr em prática).

Teoria do desenvolvimento de Piaget, conceitos chave:
Assimilação:
Processo de aplicação de um esquema motor ou mental pré-existente a várias situações que lhe sejam apropriadas (ex: diferentes tetinas são assimiladas ao mesmo esquema de sucção).

Acomodação:
Processo de modificação de uma estratégia ou competência com o objectivo de lidar eficazmente com as exigências exteriores (ex: o esquema de sucção é adaptado a diferentes objectos - mão, brinquedos).

Adaptação
Processo que envolve a assimilação e a acomodação, através do qual a pessoa alter ao comportamento para funcionar mais eficazmente numa dada situação.

Esquema
Estrutura cognitiva que coordena a informação sensorial e motora (agarrar; sugar; olhar); pode ser aplicada em diversas situações.

Equilibração
Processo auto-regulatório que leva acriança a adaptações cada vez mais eficazes (situação de equilíbrio/ desequilíbrio).

sábado, 28 de maio de 2011

Desenvolvimento Psicossocial

Erik Erikson nasceu a 15 de Julho de 1902 em Frankfurt, na Alemanha. Durante a sua vida adulta começou a relacionar.se com a familia Freud onde ganhou o gosto do estudo da infancia. Em 1933 emigrou para os Estados Unidos onde iniciou a prática da psicanalise infantil em Boston, associando-se à faculdade de medicina de Harvard. Morreu em Maio de 1994.
Apesar de disciplo de Freud, Erikson discorda deste em vários capitulos, como:
-Valorização exagerada da energia libidinal como chave explicativa do desenvolvimento;
redução do desenvolvimento aos períodos que decorrem da infância à adolescencia;
-subestimação das interacçoes indivíduo-meio;
-privilegio concedido à vertente patológica da personalidade.

Erickson cria assim oito estádios de desenvolvimento. Os primeiros quatro estádios decorrem no período de bebé e da infancia e os ultimos três durante a idade adulta e velhice.

Uma questão pertinente relacionada com o desenvolvimento pessoal é se a maturidade e o conhecimento da pessoa é mais elevado aos entre os 20 e os 30 anos, idade em que se atinge o máximo em forma física em rapidez de raciocínio, ou em indivíduos mais velhos, perto dos 60 anos, onde se ganha uma experiencia de uma vida e sabedoria.
Na minha opinião, a pessoa está sempre a aprender até a sua morte. Assim, quanto mais velho, mais sabedoria encontra, embora possa ter mais dificuldades em raciocínio, sabe mais do que um jovem. São conhecimentos que só se ganham com a experiencia e penso que é o mais importante.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lawrence Kohlberg

Kohlberg foi professor na Universidade de Chicago, bem como na Universidade Harvard. Especializou-se na investigação sobre educação e argumentação moral, sendo mais conhecido pela sua teoria dos níveis de desenvolvimento moral. Muito influenciado pela teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget, o trabalho de Kohlberg refletiu e desenvolveu as ideias de seu predecessor, ao mesmo tempo criando um novo campo na psicologia: "desenvolvimento moral".


Para Kohlberg, os princípios morais são sobretudo construções racionais do sujeito em interacção social. O autor defende que a moralidade é sobretudo um assunto da razão. A essência da moralidade reside no sentido de justiça e não tanto no respeito pelas normas sociais ou morais; tendo mais a ver com questões de igualdade e de reciprocidade nas relações humanas. Em síntese, a moralidade é o respeito pelos princípios morais que podem ser universalizáveis, ou seja, extensíveis a todos, sempre e em quaisquer circunstâncias.

Kohlberg investigou o desenvolvimento do raciocínio moral ao longo de mais de 30 anos e a sua teoria tem-se mostrado influente tanto nas áreas da educação e da criminologia com no domínio da psicologia. O seu trabalho desenvolveu-se a partir da investigação realizada para a sua tese de doutoramento no âmbito da qual iniciou em 1955 um estudo longitudinal sobre 50 indivíduos norte-americanos do sexo masculino, inicialmente entre os 10 e os 26 anos. Estes participantes foram entrevistados de três em três anos. Kohlberg colocou-lhes questões como “porque é que não se deve roubar numa loja?” e apresentou-lhes histórias baseadas em dilemas. De entre os vários dilemas apresentados, o mais famoso é aquele que retrata Heinz e o farmacêutico.


“Numa cidade da Europa, uma mulher estava a morrer de cancro. Um medicamento descoberto por um farmacêutico dessa cidade podia salvar-lhe a vida. A descoberta desse medicamento tinha custado muito dinheiro ao farmacêutico, que agora pedia 10 vezes mais por uma pequena porção desse remédio. Heinz, o marido da mulher que estava a morrer, foi ter com pessoas suas conhecidas para lhe emprestarem dinheiro e, assim, comprar o medicamento. Apenas conseguiu juntar metade do dinheiro pedido pelo farmacêutico. Foi então ter com ele, contou-lhe que a sua mulher estava a morrer e pediu-lhe para vender o medicamento mais barato. Em alternativa, pediu-lhe para o deixar com o medicamento, pagando mais tarde a metade do dinheiro que ainda lhe faltava. O farmacêutico disse que não, que tinha descoberto o medicamento e que queria ganhar dinheiro com a sua descoberta. Heinz, que tinha feito tudo ao seu alcance para comprar o medicamento, ficou desesperado e estava a pensar assaltar a farmácia e roubar o medicamento para a sua mulher.”

1.    Deve ou não Heinz assaltar a farmácia para roubar o medicamento? Porquê?
2.    Se Heinz não gostar da mulher deve roubar ou não o medicamento? Porquê?
3.    Se a pessoa que estava a morrer não fosse a mulher mas fosse um desconhecido, devia ou não Heinz roubar o medicamento? Porquê?
4.    Como deve Heinz roubar o medicamento sabendo que por lei é proibido roubar? (Isto se defender que Heinz deve roubar.)
5.    É importante que as pessoas façam tudo o que podem para salvar a vida a alguém? Porquê?


Com base nestas questões e dilemas, Kohlberg postulou três níveis de raciocínio moral cada um deles subdividido em dois estádios, perfazendo um total de seis estádios. Kohlberg formulou a hipótese de que em todas as sociedades os indivíduos progrediriam ao longo destes estádios de forma sequencial (não “saltariam” estádios, nem regrediriam). Formulou igualmente a hipótese de que cada indivíduo se sentiria atraído pela forma de raciocínio imediatamente superior à sua na escala mas que não conseguiria compreender os raciocínios situados em mais de um estádio acima.
Cada um dos três níveis (nível pré-convencionalnível convencional nível pós-convencional) reflecte uma determinada filosofia, ou orientação moral e um certo modo de distinguir, coordenar e hierarquizar diversas perspectivas ou valores em confronto. Cada um dos níveis, está dividido em dois estádios, sendo que o segundo estádio de cada nível é moralmente mais avançado que o anterior (mais próximo, do ponto de vista moral, racional, universal, de idade; cognitivamente mais complexo do anterior porque diferencia e integra perspectivas de um ponto de vista cada vez mais geral e abstracto).
Na teoria de Kohlberg, é o raciocínio perante um dilema moral, que está subjacente à resposta de uma pessoa e não a resposta em si mesma que indica o estádio de desenvolvimento moral. Se o raciocínio se baseia em factores similares, duas pessoas, que dão respostas opostas, podem estar no mesmo estádio.


Na minha opinião os estádios de desenvolvimento moral respectivos a estes 3 níveis são bastantes precisos e destacáveis no que toca à análise do comportamento humano. Consigo identificar e associar pessoas que conheço desde crianças até adultos, como até mim próprio aos níveis e estádios de desenvolvimento da teoria de Kohlberg. Considero o ultimo estádio do desenvolvimento moral, o sexto, Princípios éticos universais, a apoteose do desenvolvimento humano. Neste estádio existe verdadeiramente uma consonância com o propósito do ser humano e a sua relação simbiotica com o universo. São visíveis acções de manifesto sacrifício pela paz e harmonia que representam a derradeira intencionalidade do todo, as pessoas que atingem este estádio encontram-se em uníssono com o universo e atingindo profundamente as raízes da espiritualidade humana.
No entanto acho que hoje em dia, com a emergente crise de valores e o desmembramento e contradição da sociedade assistimos a uma gradual consciencialização humana. Acredito que existam muitos mais indivíduos no ultimo estágio do desenvolvimento humano do que aqueles que pensamos. Estes indivíduos estão entre nós emergindo de várias culturas. Devemos estar atentos para que possamos identificá-los sendo que estes se tornam exemplos e inspiração para que toda a humanidade suba o seu estádio de desenvolvimento.



segunda-feira, 25 de abril de 2011

Teorias de desenvolvimento e práticas educacionais


 Na ultima semana abordamos várias teorias do desenvolvimento da criança, os psicogrupetas estudaram uma em particular: A pedagogia HIGH/SCOPE


Origem
                Como director dos serviços especiais da escola pública de Ypsilanti (Michigan), David Weikart começou a interessar-se pelo número de reprovações dos alunos de bairros pobres.
                Weikart contou com a colaboração de elementos do comité de educação da Perry School’s Chrarles Eugene Beatty e do director da escola afro-americana de Michigan. Este projecto ficou conhecido como “Perry Preschool Project” e os membros discutiam e promoviam  alterações possíveis ao método de ensino. Embora não esperassem uma mudança radical por parte dos alunos de Ypsilanti, eles tentaram perceber o porquê de uma aparente falha na aprendizagem por parte destes.
                Durante a pesquisa sobre métodos e programas de ensino para combater as dificuldades de aprendizagem e o analfabetismo, Weikart após falar com vários professores conclui que o programa HIGH/SCOPE seria mais eficaz a partir dos 3/4 anos de idade.
                O modelo de ensino diferenciou-se assim do tradicional e focou-se na maturação intelectual da criança, criando assim um programa que:
                - se baseie na ligação forte de ensino/aprendizagem
                - apoie os talentos da criança com processos activos de aprendizagem
                - invoque os professores, administradores e familiares ao apoio e sucesso do programa educativo.

               

Pedagogia  HIGH/SCOPE

A Pedagogia HIGH/SCOPE é uma filosofia a aplicar na cresce, jardim-de-infância e primeiro ciclo e foi desenvolvida nos anos 60. Hoje em dia é muito comum nos Estados Unidos da América.
Esta filosofia baseia-se na ideia de Piaget que a criança se deve envolver activamente na sua aprendizagem, “aprender fazendo”. O HIGH/SCOPE envolve todos os aspectos de desenvolvimento da criança e inclui professores e pais que apoiam o desenvolvimento da criança emocional, intelectual, socialmente e também capacidades físicas e habilidades. Os adultos que trabalham com as crianças “dentro” desta filosofia inserem-se como facilitadores ou parceiros e não tanto como gestores ou supervisores.
Numa escola HIGH/SCOPE, a sala de aula está dividida em diferentes áreas, como por exemplo, área para brincar com a água, área de leitura, de escrita, de arte, de teatro. Nesta sala as crianças são induzidas a ter acesso de forma fácil, independente e responsável às diferentes áreas.
                A principal abordagem do HIGH/SCOPE é “planear, fazer e rever”. As crianças primeiro têm que planear o que vão fazer, os materiais que precisam e após a realização da tarefa devem discutir sobre o trabalho realizado e o sucesso do mesmo.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Contributo de Itard para a Psicologia

Jean Marc Gaspard Itard, nasceu na cidade de Provençal de Oraison no sul da França no dia 24 de abril de 1774 e morreu no dia 5 de julho de 1838 em Paris. Jean Itard foi criado por seu tio, na cidade cônego da catedral de Riez, e em seguida foi para Marsella, onde concluiu seus estudos básicos.

Desde que foram escritos, entre 1801 e 1805 os relatórios de Jean Itard têm conhecido sucessivos eclipses seguidos de redescobertas. Narrativas datadas de quase duzentos anos, os relatórios de Jean Itard continuam extremamente atuais e provocadores, não só pela situação que apresentam, como pelo relato de uma experiência pedagógica com características peculiares, ou seja, a tentativa de educação de uma "criança selvagem". Diferentes pesquisadores cujos nomes se encontram relacionados ao campo educacional e clínico e mais precisamente ao que denominamos de educação especial, se interessaram por esse trabalho. Assim é que a médica e pedagoga italiana Maria Montessori (1870-1952) entusiasma-se, no final do século XIX, de tal forma pelos relatórios de Itard que os recopia à mão. Em 1914, o nome de Itard é mencionado, em uma tese de doutorado na França sobre a educação médico-pedagógica, como um predecessor de Séguin, seu discípulo que se dedicou à educação dos deficientes. Nos Estados Unidos, Itard será lembrado por psicólogos como, por exemplo, Gesell (1941) em um momento em que se reaviva um clima em torno do estudo de crianças selvagens. Com a constituição do campo da psiquiatria e psicanálise infantil, Victor, o garoto selvagem e seu mestre Jean Itard, passam a ser objetos de interesse de representantes desta área; é assim que Léo Kanner, nos Estados Unidos, descreve em 1943, o quadro de “autismo infantil precoce” termo emprestado do suíço Bleuler e aponta Itard como um precursor desse domínio de investigação (cf. Kanner,1960). Pouco mais tarde, o psicanalista Octave Mannoni também escreve um artigo que se tornou um clássico a respeito de Itard, publicado no Temps Moderne (1965), um ano após o aparecimento do livro de L. Malson “As crianças selvagens: mitos ou realidades” no qual os relatórios são novamente editados. Merece também ser mencionado o livro de H. Lane “The wild boy of Aveyron” de 1976 publicado nos Estados Unidos que amplia a discussão sobre Itard e o Selvagem, sobretudo no terreno da educação de surdos.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O caso de Genie - Inato vs Adquirido

O inato contra o adquirido é até hoje alvo de grande debate na comunidade científica. Trata-se da discussão sobre o que faz o que somos no nosso mais profundo nível de personalidade e individualidade. Até que ponto somos pré-determinados física e psicologicamente pelos nossos genes e até que ponto o ambiente no qual somos inseridos nos molda biologicamente a nível comportamental e neuronal.
            Do ponto de visto do Dr.Robert Sapolsky, professor de Neurologia da Universidade de Stanford, Califórnia, vivemos sobre uma falsa dicotomia construída à volta do ser a natureza o factor determinante da base de causalidade da vida. Não sendo, de longe, o ADN o principal factor determinante da nossa concepção como ser humano. Por outro lado no adquirido, as influências externas do contexto onde somos inseridos, é falso pressupor que os humanos não estão livres de factores biológicos que afectam a sua personalidade e condicionam o seu comportamento e obviamente a sua fisiologia. Segundo ele é impossível ver até que ponto os factores biológicos funcionam fora do contexto ambiental e social.


            Dentro de um consenso entre o Inato e o Adquirido podemos constatar cientificamente que não existem comportamentos genéticos. Apesar de os genes nos darem pré-disposições para certo tipo de comportamento estes não são pré-determinantes, ou seja, o comportamento que está codificado no nosso código genético só será constatado no crescimento do ser humano se estes sofrer algum estimulo que indicie o desenvolvimento desse tipo de comportamento. Por exemplo, os suicídios são maioritariamente cometidos durante a fase da adolescência e a taxa de suicídios é substancialmente superior em casos onde se verificou algum tipo de abuso infantil. Durante a autópsia destes casos específicos os cientistas descobriram que os abusos alteraram geneticamente o crescimento normal do cérebro. Este acontecimento é conhecido como epigenético onde activamos ou desactivamos certos genes.
            No caso de Genie onde uma rapariga esteve isolada durante um período crucial do seu crescimento a nível neuronal os psicólogos encarregues do estudo e reabilitação da criança tentaram frustradamente ensinar-lhe capacidades linguísticas de modo a que esta conseguisse formular uma frase. Supúnhamos agora que um bebé nasce com os olhos perfeitamente normais e é mantido durante cinco anos num quarto escuro. Essa criança será consequentemente invisual para o resto da vida. Isto porque os sistemas cerebrais que seriam responsáveis pelo desenvolvimento das capacidades visuais não foram submetidos a estímulos do ambiente logo atrofiaram e morreram. O Darwinismo Neuronal é uma teoria sobre o funcionamento do cérebro de Gerald Eldman que introduz o conceito de que os circuitos no cérebro que são estimulados pelo ambiente desenvolver-se-ão naturalmente enquanto aqueles que não foram estimulados não serão tão bem desenvolvidos ou nem sequer existiram. No caso de Genie durante o período critico da aprendizagem da língua as ligações no cérebro responsáveis por esta capacidade não se desenvolveram e apesar de anos de instrução intensiva da linguagem Genie nunca dominou os aspectos mais básicos da construção frásica e da expressão linguística levando-me a crer que ela nunca seria capaz de alguma vez adquirir essa capacidade. Isto porque a sua capacidade inerente da fala que é constatada em todos os seres humanos não foi devidamente estimulada logo não se desenvolveu e atrofiou. Apesar do esforços, penso que o objectivo de fazer com que Genie conseguisse ter uma relação social normal será dificilmente se não impossível de concretizar devido ao retrocesso biológico em que ela se encontrava.



segunda-feira, 7 de março de 2011

Wilhelm Wundt

Wilhelm Maximilian Wundt (1832-1920) foi um médico, filosofo e psicólogo alemão. É considerado um dos fundadores da moderna psicologia experimental.
Wundt definia a psicologia como uma ciência da consciência, seu objeto a experiência imediata tal como é dada direta e fenomenalmente ao observador.
Analisava os compostos e complexos conscientes a partir dos elementos ou unidades: sensação (conteúdo objetivo da experiência imediata) e sentimentos ou afetos. As sensações podem ser classificadas de acordo com a modalidade sensorial em que são recebidas; além disso, possuem qualidade e intensidade.
Para Wundt, a mente executa uma síntese química mental que se processa através da associação e que se realiza de três formas: pela fusão, onde os elementos combinados aparecem sempre juntos, como é o caso da nota musical; Pela assimilação, que é também uma combinação de elementos em que nem todos estão presentes do consciente. Quando se vê uma casa por exemplo, podem não estar presentes na consciência, as figuras que compõem aquela casa (triângulo, rectângulo, quadrado). Como na fusão, essa combinação gera um produto novo que não é o resultado da simples soma dos elementos; A terceira forma é chamada complicação, em que se reúnem elementos de diferentes modalidades e sentidos: a noção do sabor e da temperatura.